2006/01/27

azar nítido...

Um homem entra num restaurante com uma avestruz atrás dele. A empregada pergunta o que querem. O homem pede:
- Um hambúrguer, batatas fritas e uma coca.
E vira-se para o avestruz:
- E você, o que vai querer?
- Eu quero o mesmo - responde a avestruz.
Um tempo depois a empregada traz o pedido e a conta no valor de 22,50€.
O homem coloca a mão no bolso e tira o valor exato para pagar a conta.
No dia seguinte o homem e a avestruz voltam e o homem diz:
- Um hambúrguer batatas fritas e uma coca.
E vira-se para o avestruz:
- E você, o que vai querer?
- Eu quero o mesmo - responde a avestruz.
De novo o homem coloca a mão no bolso e tira o valor exato para pagar a conta.
Isto torna-se uma rotina até que um dia a empregadapergunta:
- Vão querer o mesmo?
- Não, hoje é sexta e eu quero um bife à francesa com salada. - diz o homem.
- Eu quero o mesmo - diz a avestruz.
Após trazer o pedido, a empregada trás a conta e diz
- Hoje são 57,60€.
O homem coloca a mão no bolso e tira o valor exato para pagar a conta, colocando em cima da mesa. A empregada não controla a sua curiosidade e pergunta:
- Desculpe, senhor, mas como o senhor faz para ter sempre o valor exato a ser pago?
E o homem responde:
- Há alguns anos atrás eu achei uma lâmpada velha e quando a esfregava, para limpar, apareceu um gênio e que me ofereceu 2 desejos. O meu 1º desejo foi que eu tivesse sempre no bolso o dinheiro que precisasse para pagar o que eu quisesse.
- Que idéia brilhante! - falou a empregada - A maioria das pessoas deseja ter um grande valor em mãos ou algo assim, mas o senhor vai ser tão rico quanto quiser, enquanto viver !
- É verdade, tanto faz se eu for pagar um litro de leite ou um Mercedes, tenho sempre o valor necessário no bolso. - respondeu o homem.
E a empregada perguntou:
- Agora, o senhor pode me explicar a avestruz?
O homem faz uma pausa, suspira e responde:
- O meu 2º desejo foi ter como companhia alguém com um rabo grande e pernas compridas, que concordasse comigo em tudo.

de que vale ser bonzinho...?

Lisboa mandou um telex para o Instituto de Meteorologia e Geofísica.

Lisboa avisa:
1 - MANIFESTAÇÃO SÍSMICA. STOP.
2 - 7 DE RICHTER. STOP.
3 - EPICENTRO A 3 KM DE LUANDA. STOP.
4 - TOMAR PRECAUÇÕES. STOP.
Dois meses mais tarde respondem de Luanda:
1 - MANIFESTAÇÃO FOI TRAVADA.
2 - LIQUIDAMOS OS 7, MAIS O RICHTER.
3 - O EPICENTRO E SEUS CAPANGAS ESTÃO DETIDOS.
4 - DESCULPEM? NÓS SÓ AGORA RESPONDER, MAS HOUVE AQUI UM TERRAMOTO QUE DEU CABO DESTA MERDA TODA.

2006/01/23

relato de futebol

Tarde de sol, clima ameno, humidade q.b. para que a bola deslize perfeitamente num gramado bonito, bem tratado, simpático e receptivo à geometria do futebol espectáculo... futebol paixão... futebol ciência!

As equipas já perfiladas, vão alinhar com os seguintes onzes:
pelo "The Ones", José Mourinho escalou com número
1-Newton
2-Lavoisier
3-Nostradamus,
4-Deus
5-Lumiére
6-Che Guevara
7-Hitler
8-Einstein
9-Napoleão
10-Maradona
11-Freud.
Por seu lado Luís Felipe Scolari faz alinhar pelos gregos do "Tertúlia Atenensis" com número
1-Aristóteles
2-Diógenes
3-Pitágoras
4-Sócrates
5-Platão
6-Arquimedes
7-Demóstenes
8-Heraclito
9-Aquiles
10-Demócrito
11-Tales de Mileto.
Para ajuizar a partida o alemão Joseph Ratzinger, coadjuvado por Fidel Castro e Átila o Uno.

Pontapé de saída para a equipa da casa, Napoleão a tocar para Che que liberta já a bola do círculo central na direcção de Lumiére, este recebe e sem perder a bola da óptica faz um passe curto no caminho de Deus, este recebe com a mão, os gregos reclamam, mas Ratzinger nada assinala e afirma que "Deus tudo pode!". Entrega já o esférico para Lavoisier, que sofre uma falta cometida por Heraclito. O Juiz apita e assinala a falta. Lavoisier está agora a conversar com o árbitro, a dizer que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo. Napoleão está com a mão semi escondida na camisola como que a pedir cartão para o grego!…E Ratzinger mostra o cartão amarelo a Heraclito… foi a pedido!!!

17 minutos, primeira parte, "The Ones" 0, "Tertúlia Ateniensis" também 0! Falta a favorecer a equipa da casa, marcada já por Nostradamos, que grita: "Che! A Bola chegará até ti!", e Che Guevara recebe. Toca para a esquerda, para Hitler, o camisa 7, recepciona de peito... mata na relva... toca para Deus este joga com a mão... E o árbitro volta a nada assinalar... Os gregos reclamam, mas o alemão é inflexível e manda jogar...

Estão já cumpridos 24 minutos do primeiro tempo, ainda com 0-0. Demóstenes joga curto para Platão, que gira sobre si próprio, olha para a caverna... perdão... para a baliza... Newton está adiantado... tenta o chapéu... e... bola por cima! Mourinho não gosta do adiantamento do seu guarda redes e recrimina-o. Pontapé de baliza para a equipa da casa. Newton vai bater... E o que é isto??? Newton é atingido por um objecto que vem da bancada... E é uma maça!!! Newton está caído na relva a olhar para a maça, com cara de caso...

Minuto 30, uhhhhh!!! Entrada duríssima de Deus sobre Aquiles... um tackle! Era para Vermelho!!! Mas... o árbitro levanta os dois braços, e grita: "SEGUE!!! Pode tudo... pode tudo!... Aquiles fica a contorcer-se no relvado, mas Deus prossegue... joga na Linha, onde está Maradona... a coçar avidamente o nariz... nem deu pelo passe do seu companheiro e a bola sai... perdida... pela linha lateral. Entra a assistência para o grego que continua caído, queixando-se do calcanhar. Deus está a ser chamado à atenção por Maradona, pela falta... ou pelo passe... ou pelos dois... Deus levanta a voz agora para Maradona: "Quem nunca errou que atire a primeira pedra! Deixa mas é a linha e concentra-te no jogo!" exclama... Ratzinger está a inteirar-se da lesão de Aquiles. Deus aproxima-se do local... será que vai pedir desculpa pela entrada?... Não! Ele aproxima-se do grego e diz: "Levanta-te e anda!"... e... o grego... levantou-se e andou!!!

Estamos já em tempo de descontos, minuto 46, lance perigosíssimo, Arquimedes vai isolado... pode marcar... mas a bola pára completamente... sobre uma pequena poça de água... e fica ali a boiar! Arquimedes perdeu uma oportunidade flagrantíssima... para marcar. O árbitro apita para o intervalo, e Arquimedes fica ali a observar a pequena poça de água que o impediu de marcar. Sócrates conforta o colega e diz: "Deixa lá... é impossível a mesma bola parar na mesma água 2 vezes. Da próxima marcas!".

Estamos de regresso para a 2ª parte, pontapé de saída para os gregos, Tales joga para Diógenes, que entrega para Demóstenes, coloca a bola no chão, levanta a cabeça, entrega para Aquiles que vai coxeando, em missão de sacrifício... e... perde para Deus! Brilhante exibição... Ele enche o campo!... entrega já para Lavoisier que aproveita um passe que parecia perdido, muda de flanco... Nostradamus recebe, grita: "Maradona o teu esticão será a tua queda!" e executa um passe errado... Maradona ainda se estica... mas... cai na relva... não chegou! Arremesso de linha lateral para os gregos.

Minuto 70, 0-0 no placard, e... aí vão os gregos! Tales, joga para Heraclito, pousa na relva, levanta a cabeça... vê Pitágoras desmarcado... faz o passe, este recebe... vira-se para a baliza... vai atirar... e... FORA de jogo! Assinalado por Átila o Uno! Mas Pitágoras parece não concordar... ele está a reclamar com o árbitro... alega ter recebido a bola em posição legal... ele indica ao árbitro que Deus o estava a por em jogo. Napoleão aproxima-se com a mão semi escondida... está a pedir cartão para o grego? Não acredito... Ratzinger mostra mesmo o cartão!!! Pitágoras está inconsolável... ele continua a barafustar com o árbitro!!! Diz que entre ele e Deus havia pelo
menos uma diagonal, cujo quadrado era igual à soma dum quadrado imaginário entre ele e o fiscal de linha!... Einstein tenta por água na fervura... diz que "É muito relativo!"... Napoleão... outra vez com o mesmo gesto a pedir cartão??? E é...!!! Ratzinger expulsa Pitágoras... por palavras ou por teorias!
Os jogadores têm de se mentalizar que estão ali para jogar e não para discutir! O Grego sai do campo inconsolável, Freud vai entretanto consolar o adversário. É um gesto bonito!
O jogo prossegue... 10 minutos para o apito final, continuamos com o nulo... José Mourinho vai ceder à pressão do público, que grita "Deixa jogar o Mantorra!" olha para o banco e chama o Angolano. Ele vai entrar, quem irá sair? DEUS??? Mantorras entra para o lugar de DEUS... que abandona o relvado com má cara... parece mesmo proferir algumas palavras na direcção do seu treinador... E Mourinho levanta-se e grita para o jogador substituído: "I'm the only ONE!!! So get OUT!!!"

Minuto 89, a pressão acentua-se, há uma falta descaída para a esquerda... Che vai cruzar para a área... grande confusão... há um ressalto... Maradona... Goooolo!!! Gooooooooooollllooooo... Ma-ra-do-na!!!! Mas, mas Fidel agita a bandeira... Ratzinger aproxima-se... e... anula o Golo!!! Foi com a mão!!! Maradona reclama com o juiz da partida... diz-lhe que foi a "mão de Deus"... E agora... Ratzinger furioso grita que "Deus já não estava a jogar!" e mostra o vermelho directo a Maradona!!! Incrível!!! Freud aproximou-se do árbitro e está a dizer-lhe que tudo é devido à "Falta de Sexo"... e vê ele também o cartão vermelho!... Minha nossa!!! Onde é que isto vai parar!?

Já estamos nos descontos, Scolari sorri pelo empate, sabendo que o pontinho será do agrado de Zeus, o presidente... o cronómetro assinala 94 minutos... um para se esgotar o tempo de desconto dado por Ratzinger, Hitler corta a bola do meio campo Grego, toca para Che, que liberta para Mantorras, ele domina e tem um corredor livre à sua frente, aparece Demóstenes... já o passou... vai sozinho... Scolari grita: "Fora di jogo! Pô!!!", em vão... Mantorras prepara o remate... atira... INCRIVEL!!! É INCRIVEL!!! A bola fica presa de novo na poça de água!!! Mas o Angolano pode rematar... aparece Arquimedes... olha para a bola... e grita "Eureka!" e... chuta violentamente a bola... para a sua própria baliza... e é GOLO!!! Goooooooolooooo!!! Arquimedes!!! Na própria baliza!!! Como é que é possível!? Onde é que Arquimedes estava com a cabeça? Foi vítima duma qualquer iluminação dum lance do angolano Mantorras, que assim volta a ser decisivo. Está feito o 1-0, Mourinho continua com ar de sério! Ratzinger olha para o relógio... grita: "Vão em paz e o Senhor vos acompanhe!" e apita! Final da contenda! The Ones 1...Tertúlia Atenensis 0 !

Vamos já avançar para o Flash Interview, onde já se encontram os treinadores, vamos ouvir o que diz o técnico português...
"I dont want to see... again... red cards on my team! We won... because I take the right decisions... on the right time... I saw the little greek ones... seek... and I put Mantorras. I'm the One... manager... so... its me who decide who... and how must I put my players on the... grass! Its me... the ONE!"
- Sr. Mourinho, em directo para a Antena 3, considera este jogo perfeitamente ganho por uma situação de infortúnio dos gregos?
"Nunca! Pressionamos muito bem, mesmo reduzidos a 9 conseguimos dominar os gregos. Aí e porque assim estava escrito meti o Pedro, mesmo com o intuito de resolver. Eu é que penso o jogo, os jogadores são a forma de executar o que penso. Eu sou a pessoa certa no lugar certo. É preciso saber. E eu sei!"

- Está a querer sugerir que já sabia que o jogo terminaria assim?
"Contra gregos, queria melhor que uma tragicomédia? Eu sei todos os pequenos detalhes... de tudo! Adão e Eva tinham umbigo? Hã, hã... está a ver? Eu sei! Eu sei até quem matou o António!...
- Obrigado Sr. Mourinho.

Agora, é Diego Armando Maradona, vamos escutar:
"Pero que yo hoy sentido una fuerza divina para jugar el ballon al porteria... quisás, la mano de Dios? Eres injusta la mia espulsion! Solo no me gustan.... porque sono piccollo!!!!!!"

Já se encontra aqui Scolari, vamos ouvir o que diz:
"Esses lances di gol na própria meta, naum si treinam naum! Pô! E o gol aconteci no seguimento di um off-side! Incriveu!!!
- Sr.Scolari, em directo para a Antena 3, Arquimedes, com aquele autogolo marcado ostensivamente, continuará a merecer a sua confiança?
"Absolutamenti! Porque naum? Eu que sei!!! Eu que sou o treinador!!! Eu que decido!!! Se naum gostarem do meu trabalho, me digam e eu entendo! Mas depois disso…eu que sei!!!"

- E daqui é tudo! Passo a emissão para o estúdio!

Imprensa escrita do dia seguinte. Classificação dos jogadores:

Aristóteles (5) – Exibição retórica
Diógenes (3) – Cáustico a defender… cínico a atacar
Pitágoras (1) – Exibição marcada por uma expulsão da soma dos dois 2 amarelos que deu um vermelho.
Sócrates (2) – Muito preocupado consigo.
Platão (3) – A explanar muito bem a dialética do jogo.
Arquimedes (2) – Infeliz no lance do golo, apesar de demonstrar felicidade!?!?
Demóstenes (3) – Eloquente. Foi o orador da equipa.
Heraclito (1) – Apagado, usa bem o remate, que costuma levar fogo, mas esteve apagado!
Aquiles (1) – Correu muito. Foi traído pelo calcanhar.
Tales de Mileto (1) – Muito provocador. O seu feitio atrai o conflito.
Demócrito (1) – Tentou a perfeição… mas em vão

Newton (2) – É grave a sua postura na baliza.
Lavoisier (3) – Nada se perdeu, transformou lances difíceis em fáceis.
Nostradamus (2) – Lento. Pensa muito na jogada seguinte.
Deus (5) – A ocupar o terreno todo. Esteve verdadeiramente em todo o lado!
Lumiére (4) – Sempre muito atento e em cima da jogada.
Che Guevara (5)- Libertou os colegas da pressão. Fez jogar!
Hitler (2) – Muito furos abaixo do normal. Continua a não passar as bolas a Mantorras, prefere atirar para fora.
Einstein (2) – Exibição muito relativa.
Napoleão (2) – Quando faltou a frescura, isolou-se no meio campo.
Maradona (1) – Agarradamente indisciplinado.
Freud (-) – Ainda a analisar
Mantorras (3) – Jogou pouco tempo, mas ajudou a resolver uma teoria que parecia dar em nada.

2006/01/19

el carrito de helados

Debido al fallecimiento del abuelo a los 95 años, el joven Camilo fue a darle el pésame a su abuela de 90. Camilo llega y encuentra a la anciana llorando y la consuela. Un rato después, ya más calmada, el nieto aprovecha y le pregunta:
- Dime, abuelita, cómo murió el abuelo?
- Fue haciendo el amor, le confiesa la mujer.
Camilo, horrorizado, le replica que las personas de 90 años o más, no deberían tener sexo porque es muy peligroso. Pero la abuela le aclara:
- Lo hacíamos solamente los domingos, desde hace cinco años, con mucha calma, al compás de las campanadas de la iglesia. "Ding" para meterlo y "dong" para sacarlo... Si no fuera por el hijo de puta del carrito de helados, el abuelo aún estaría vivo!!

2006/01/17

poder negocial

Um advogado todo benzoca, de Cascais, vai caçar patos para o Alentejo.
Dá um tiro, acerta num pato, mas o bicho cai dentro da propriedade de um lavrador. Enquanto o advogado saltava a vedação, o lavrador chega no tractor e pergunta-lhe o que estava ele a fazer. O advogado respondeu:
- Acabei de matar um pato, mas ele caiu na sua terra, e agora vou buscá-lo.
O velho lavrador responde:
- Esta propriedade é privada, por isso não pode entrar.
O advogado, indignado:
- Eu sou um dos melhores advogados de Portugal! Se não me deixa ir buscar o pato eu processo-o e fico-lhe com tudo o que tem!
O lavrador sorriu e disse:
- O senhor não sabe como é que funcionam as coisas no Alentejo! Nós aqui temos o Código Napoleónico! Nós resolvemos estas pequenas zangas com a Regra Alentejana dos Três Pontapés. Primeiro eu dou-lhe três pontapés; depois você dá-me dois pontapés; e assim consecutivamente até um de nós desistir!
O advogado já se estava a sentir violento há um bocado, olhou para o velho e pensou que era fácil dar-lhe uma carga de porrada. Por isso, aceitou resolver as coisas segundo o costume local.
O velho, muito lentamente, desceu do tractor e caminhou até perto do advogado. O primeiro pontapé, dado com uma galocha bem pesada, acertou directamente nos tomates do advogado, que caiu de joelhos e vomitou. O segundo pontapé quase arrancou o nariz do advogado. Quando o advogado caiu de cara, com as dores, o lavrador apontou o terceiro pontapé aos rins, o que fez com que o outro quase desistisse. Contudo, o coração negro e vingativo do advogado falou mais forte. Ele não desistiu, levantou-se, todo ensanguentado, e disse:
- Bora, velhote! Agora é a minha vez!
O lavrador sorriu e disse:
- Nah! Eu desisto! Leve lá o pato!

2006/01/13

L'État c'est Soares?

Mário Soares levou para uma caixa-forte, do tamanho de uma sala, de porta blindada e pega rotativa, na Casa-Museu João Soares - hiperbolicamente designado de "galeria de ofertas" - , uma grande parte dos valiosos presentes oferecidos oficialmente ao Presidente da República Portuguesa, durante os seus mandatos, entre os quais se incluem jóias e outras peças de gabarito, que alguns visitantes de confiança já viram e de que, numa pequena parte, o sítio da Casa permite entrever.

Ora, uma coisa são as ofertas pessoais ao cidadão Mário Alberto Nobre Lopes Soares e a sua esposa Maria de Jesus Simões Barroso; outra coisa, de natureza moral e jurídica diversa, as ofertas oficiais ao órgão de soberania Presidente da República.

Algumas questões claras:
1. É legal que Mário Soares fique na posse das ofertas oficiais que foram feitas ao Presidente da República Portuguesa, nessa qualidade institucional e não ao cidadão?
2. Não são essas peças oferecidas oficialmente ao Presidente da República propriedade do Estado?
3. Não deviam estas peças estar no Museu da Presidência da República como estão as dos seus antecessores e também de Jorge Sampaio?
4. E se esse comportamento for legal, é ético?
5. E se for ético, é moral?

Há em Mário Soares uma associação promíscua, absolutista e anti-democrática, da sua pessoa e do Estado . Essa promiscuidade, como se de um Presidente-Sol se tratasse, tem como exemplos, além deste que hoje torno público, alguns negócios da sua Fundação com o Estado - o arrendamento pelo Estado de um gabinete na sua Fundação para um escritório do ex-Presidente da República... Mário Soares; o subsídio de 500 mil contos do Governo Guterres para a instalação da Fundação, num prédio cedido pela Câmara Municipal de Lisboa que lhe foi arranjado pelo seu filho João, na altura vereador da capital ; o protocolo por 10 anos (celebrado em 1995) de subvenção da Câmara Municipal de Lisboa, na qual o filho era vereador da Cultura ; além de outros subsídios controversos - e até o policiamento permanente (24 horas por dia) das suas várias casas (Campo Grande, Nafarros , Vau) pela PSP.

Eu acrescentaria aqui ainda o seguinte comentário:

Fundações é o que está a dar.
E a moda também pegou em Macau, pela mão dos socialistas maçons: a fundação Oriente.
Antes (caso Cupertino Miranda e Calouste Gulbenkian) as pessoas morriam e deixavam riqueza (cultural, monetária, etc...) para os outros que cá ficavam.

Agora o Soares, o amigo Joe Berardo e outros fazem diferente: criam fundações para manter coisas mais ou menos no uso privado e com a grande vantagem de receberem fundos públicos para as manter. E ainda com a grande vantagem de não pagarem impostos sobre essa riqueza e poderem infiltrar aí capitais mais ou menos limpos.
É o que se queira...
Não se pode é dizer, como se fazia no antigamente, que é a bem da Nação...
(artº redigido por Rogério Martins)

A última ridicularia...

...dos senhores que dizem que nos governam tem a ver com o famoso TGV (train de grande vitesse) ou CAV (combóio de alta velocidade).
Vejamos:
Dizem eles que o TGV vai para a frente, aconteça o que acontecer, custe o que custar.
Mais:Que as opções estão tomadas e serão a ligação Lisboa-Madrid e Lisboa-Porto.
Deixemos a ligação Lisboa-Madrid em paz.
"Nuestros hermanos" encarregar-se-ão de os trazerem às realidades e de os meterem na ordem...
Vejamos a ligação Lisboa-Porto: O TGV ou o CAV são combóios para circularem a 300 ou mesmo 350 km/h.
A distância entre Lisboa e Porto é de 317 km. Assim sendo, levando em conta que o comboio teria aquela velocidade e descontando o tempo de aceleração até aos 350km/h a partir de Lisboa e a desaceleração até velocidade compatível com a chegada ao Porto, o combóio gastaria cerca de 1 hora e 15/20 minutos, talvez mesmo mais, 1 hora e meia.
Boa média.
Porém... (há sempre um sacaninha de um porém...)
Foi dado a conhecer que o trajecto Lisboa-Porto teria as seguintes paragens de percurso:
OTA - a 70 kms de Lisboa
LEIRIA - a 72 Kms da Ota e a 142 de Lisboa
COIMBRA - a 60 Km de Leiria e a 202 de Lisboa
AVEIRO - a 64 Km de Coimbra e a 266 de Lisboa
PORTO - a 51 Km de Aveiro e a 317 de Lisboa
Perante este quadro, permitam-me que faça apenas quatro observações e uma pergunta:

OBSERVAÇÕES:
1. Saído de Lisboa, o TGV, a 300 Km/h, mal comece a acelerar estará a travar a fundo, para não falhar a Ota, a 70km; depois repete-se a dose no trajecto Ota-Leiria, cujo trajecto é de 72km;também no Leiria-Coimbra, 60km; e no Coimbra-Aveiro, 64km; e, finalmente, no Aveiro-Porto, 51km.
2. Assim, um trajecto que antes se viu que levaria cerca de HORA E MEIA, nestas condições nunca consumiria menos de 2 HORAS E MEIA, bem folgadas. Como actualmente o percurso se faz em 3 HORAS e, com um combóio que atinja 180 km/h, se fará em MENOS DE 2 HORAS, para que vai servir o TGV?
3. Será que "eles" aspiram a ter um TGV, um combóio de apeadeiros ou uma imensa gargalhada a ouvir-se para lá dos Urais?
4. Com tantas acelerações bruscas e travagens ainda mais, aquilo é que vai ser um gasto em embraiagens e pastilhas de travões? Será que vamos ter dinheiro para tantas peças?
PERGUNTA:
Estes senhores andam a gozar connosco ou não...?

2006/01/11

ah! g'anda Nuno!!!

Johannes Gensfleisch Zur Laden Zum Gutenberg. Nascido em 1398. Presume-seque tenha falecido a 3 de Fevereiro de 1468. Um operário metalúrgico e inventor alemão, a quem se deve, na década de 1440, a invenção da imprensa. O poder da criação de Gutenberg seria demonstrado em 1455, ano em que o inventor editaria a famosa Bíblia em dois volumes.
Sim, a Bíblia de Gutenberg tornou-se num marco notável na História das palavras impressas. Até ao passado fim-de-semana...
O semanário português O INDEPENDENTE publicou, discretamente, no seu suplemento VIDA, uma coluna de opinião da autoria de Catarina Jardim. Quem é Catarina Jardim? Nada mais, nada menos do que a popular Pimpinha Jardim. Que fica desde já a ganhar a Gutenberg neste ponto - Gutenberg não tinha nenhum nome de mimo. Ele era capaz de gostar de ter um nome de mimo - não deve ser fácil ser Johannes Gensfleisch ZurLaden Zum Gutenberg - mas creio que ainda não era muito comum, na Alemanha do séculoXV, atribuirem-se nomes de mimo. Muita sorte se alguma das namoradas lhe chamou alguma vez JOGU, o único diminutivo aceitável de Johannes Gutenberg. E mesmo assim não é muito aceitável, porque soa demasiado próximo a iogurte, e isso é uma indústria completamente diferente daquela na qual Gutenberg se movia.

Voltemos então a Catarina Jardim e à sua coluna no jornal. O título do artigo é TODOS A BORDO, e trata-se - como o nome indica - de um relato detalhado sobre um cruzeiro a África que a jovem fez. Ela diz, no início:
"O cruzeiro a África foi uma loucura, pode mesmo dizer-se que foi o cruzeiro das festas - como alguns dos convidados chamavam ao navio em que Luís Evaristo nos presenteou com MAIS UM Be One on Board"
Gosto da maneira como ela fala, sem explicações nem perdas de tempo, de pessoas e iniciativas sobre as quais boa parte dos leitores não faz a mínima ideia quem sejam ou no que consistem. Nada contra - isto faz com que qualquer leitor se sinta cúmplice e rapidamente imerso no universo Pimpinha. Adiante...
Ficámos a saber que ela esteve em Tânger, e que a experiência foi, possivelmente a mais marcante da vida desta jovem. Passo a ler o que ela escreve:
"Tânger é bastante feia, muito suja e as pessoas têm um aspecto assustador."
Nunca fui a Tânger, mas já fui a sítios parecidos e subscrevo inteiramente as palavras de Pimpinha. Malditas pessoas pobres, que só estragam o nosso planeta com a sua sujidade e o seu ar assustador! É preciso ser-se mesmo ruim para se escolher ser pobre, quando se pode ser tão limpo e bonito. Quando se pode ser, em suma, rico.

Eu penso que a Pimpinha acertou em cheio na raiz de todos os problemas mundiais da pobreza. Andam entidades a partir a cabeça em todo o mundo a pensar nisto, andou a Princesa Diana a gastar tantas solas de sapatos caros a visitar hospitais, capaz de apanhar uma doença, quando nós temos a Pimpinha com a solução.
Se calhar basta lavar estas pessoas, e talvez - acompanhem-me neste raciocínio; Pimpinha vai ficar orgulhosa de mim - se calhar basta lavar estas pessoas, e em vez de gastar rios de dinheiro a mandar comida para África, porque não os Médicos Sem Fronteiras passarem a andar munidos de botox. Botox!
Reparem: não é fazer cirurgias plásticas a toda esta gente feia que vive nestes países, porque isso seria demais.
Mas, que diabo - botox? Vão-me dizer que não é possível ir de vez em quando a estes sítios e dar botox a estas pobres almas? Como o mundo ficaria mais bonito.

Adiante. Pimpinha desabafa, dizendo, sobre as pessoas de Marrocos:
"apesar de já ter viajado muito, nunca tinha visto uma cultura assim - e sendo eu loura, não me senti nada segura ou confortável na cidade"
Talvez. Mas imaginemos que trocavam Pimpinha por, vamos supor, 10 mil camelos. Era um bom negócio para o Independente. Dos 10 mil, escolhia, vamos lá, 2 para passar a escrever a coluna - o que poderia trazer melhorias significativas de qualidade - e ainda ficava com 9 mil 998. O que, tendo em conta que Portugal está a ficar um deserto, pode vir a revelar-se um investimento defuturo.

Pimpinha prossegue:
"Já em segurança, animou-me a festa marroquina, com toda a gente trajada a rigor"
Suponho que, para a Pimpinha Jardim, "uma festa marroquina com toda a gente trajada a rigor", tenha sido assim tipo uma festa de Halloween, tendo em conta que os marroquinos são - como a colunista diz umas linhas acima - gente feia como nunca se viu.
Adiante, ela cita:
"A seguir ao jantar, mais um festão que voltou a acabar de madrugada"
Calma - esclareçam-me só neste aspecto, para eu não me perder. Portanto, houve uma festa, não é? E a seguir, outra festa. OK.
Uma pessoa corre o risco de se perder nestes cruzeiros, com toda esta variedade de coisas que acontecem. Diz Pimpinha:
"Desta vez não deu mesmo para dormir já que fomos expulsos dos camarotes às 9 da manhã, para só conseguirmos sair do navio lá para as 14 horas. Tudo porque um marroquino se infiltrara no barco e passara uma noite em grande, uma quebra inadmissível na segurança".
Ora bom. Ora bom, ora bom, ora bom, ora bom...!!!
Portanto, aqui a questão é: viagens a Marrocos e festas com pessoas vestidas de marroquinos, tudo bem. Agora, se pudessem NÃO ESTAR LÁ os marroquinos, isso é que era jeitoso. Malditos marroquinos, sempre com a mania de estarem em Marrocos. E como é que acontece esta quebra de segurança? Eu compreendo o drama de Pimpinha. É que o facto da segurança deixar entrar um estafermo marroquino vestido de marroquino, numa festa com gente bonita vestida de marroquina, isso só vem provar que, se calhar, os amigos da Pimpinha não são assim tão mais bonitos do que essa gente feia de Marrocos. E isso é coisa para deixar uma pessoa deprimida.

Temos nós a nossa visão do mundo tão certinha e de repente aparece um marroquino e uma brecha na segurança... Enfim - nada que uma ida às comprasnão resolva, ao chegar a Lisboa, certo, Pimpinha?
Mais à frente:
"Já cá fora esperava-nos um grupo de policias com cães, para se certificarem de que ninguém vinha carregado de mercadorias ilegais - e não sei como é que, depois de tantos avisos da organização, ainda houve quem fosse apanhado com droga na mala!"
DROGA? NUMA FESTA DO JET SET PORTUGUÊS? NÃO! COMO? NÃO. Recuso-me a acreditar. Deve ter sido confusão, Pimpinha. Eram oregãos. Eram especiarias. Pimpinha Jardim declara:
"Mas o saldo foi bastante positivo. Aliás, devia haver mais gente a arriscar fazer eventos como estes".
Gosto desta Pimpinha interventiva. Sim senhor, diga tudo o que tem a dizer. Faça estremecer o mundo. E com assuntos que valham a pena. Aliás, era capaz de ser uma boa ideia escrever um e-mail ao Bob Geldof a tentar fazê-lo ver que essa história de organizar concertos para combater a pobreza em África... Para quê? Geldof devia começar era a organizar concertos para chamar a atenção do mundo para a falta de cruzeiros com festas. Isso é que era. Mania das prioridades trocadas. Que maçada.

Mesmo no final, a colunista remata dizendo:
"Devia haver mais gente a arriscar fazer eventos como estes - já estamos todos fartos dos lançamentos, "cocktails" e festas em terra".
Aprecio aqui duas coisas: a utilização do "já estamos todos", como se Pimpinha acolhesse o leitor no seu regaço como que dizendo: "Sim, tu és dos meus e também estás farto de lançamentos, 'cocktails' e festas em terra. Excepto se fores marroquino, leitor. Se for esse o caso, por favor, exclui-te deste 'todos' ou então vai tomar banho antes, e logo se vê".

Depois, é refrescante saber que Pimpinha está farta de lançamentos, 'cocktails' e festas. Eu julgava que nos últimos dias a tinha visto em cerca de 250 revistas em lançamentos, 'cocktails' e festas, mas devia ser outra pessoa. Só pode ser. Confusões minhas.

Em suma: finalmente, há outra vez uma razão para ler O INDEPENDENTE todas as semanas. Tardou, mas não falhou. Pimpinha Jardim é a melhor aquisição que um jornal já fez em toda a História da Imprensa mundial.

Nuno Markl

A festa de anos...

O Tona adorava feijoada. Porém, sempre que comia, o feijão causava-lhe uma reacção fortemente embaraçosa. Algo muito forte.
Um dia apaixonou-se. Quando chegou a altura de pedir a mulher em casamento, pensou:
"- Ela é de boas famílias, cheia de etiquetas, uma verdadeira atleta, não vai aguentar estar casada comigo se eu continuar a comer feijão."
Decidiu fazer um sacrifício supremo e deixou-se de feijoadas. Pouco depois estavam casados. Passados alguns meses, ao voltar do trabalho no Douro o carro avariou. Como estava longe, ligou para a Sofia e avisou que ia chegar tarde pois tinha que regressar a pé. No caminho, passou por um pequeno restaurante e foi atingido pelo irresistível aroma de feijoada acabadinha de fazer. Como faltavam vários quilómetros para chegar, achou que a caminhada o iria livrar dos efeitos nefastos do feijão. Então entrou e pediu. Fez a sua pirâmide no prato e, ao sair, tinha três doses de feijoada no estômago. O feijão fermentou e durante todo o caminho, foi-se peidando sem parar. Foi para casa a jacto. Peidava-se tanto que tinha que travar nas descidas e nas subidas quase não fazia esforço para andar. Quando se cruzava com pessoas continha-se ou aproveitava a oportuna passagem dum ruidoso camião para soltar o dito gás. Quando chegou a casa, já se sentia mais seguro.
A mulher parecia contente quando lhe abriu a porta e exclamou:
-"Querido, tenho uma surpresa para o jantar!".
Tirou-lhe o casaco, pôs-lhe uma venda nos olhos, levou-o até a cadeira na cabeceira da mesa, sentou-o e pediu-lhe que não espreitasse.
Nesse momento, já sentia mais uma ventosidade anal à porta! No momento em que a Sofia ia retirar a venda, o telefone tocou. Ela obrigou-o a prometer que não espreitava e foi atender o telefone.
Era a Xuxu...Enquanto ela estava longe, o Tona aproveitou e levantou uma perna e pprruueett - soltou um! Era um peido comum. Para além de sonoro, também fedeu como um ovo podre! Aliviado, inspirou profundamente, parou um pouco, sentiu o fedor através da venda e, a plenos pulmões, soprou várias vezes a toda à volta para dispersar o gás.
Quando começou a sentir-se melhor, começou outro a fermentar! Este parecia potente! Levantou a perna, tentou em vão sincronizar uma sonora tossidela para encobrir, e ... pprrraaaaaaaa! Sai um rasgador tossido. Parecia a ignição de um motor de camião e com um cheiro mil vezes pior que o anterior!
Para não sufocar com o cheiro a enxofre, abanou o ar sacudindo os braços e soprando em volta ao mesmo tempo, esperando que o cheiro se dissipasse. Quando a atmosfera estava a voltar ao normal, eis que lá vem outro.
Levantou a outra perna e deixou sair o torpedo! Este foi o campeão: as janelas tremeram, os pratos saltaram na mesa, a cadeira saltou e num minuto as flores da sala estavam todas murchas. Quase lhe saltavam os sapatos dos pés.
Enquanto ouvia a conversa da Sofia ao telefone no corredor, sempre fiel à sua promessa de não espreitar, continuou assim por mais uns minutos, a peidar-se e a tossir, levantando ora uma perna ora a outra, a soprar à volta, a sacudir as mãos e a abanar o guardanapo. Uma sequência interminável de bufas, torpedos, rasgadores e peidos comuns, nas versões secas e com molho.
De quando a quando acendia o isqueiro e desenhava com a chama círculos no ar para tentar incinerar o nefasto metano que teimava em acumular-se na atmosfera.
Ouviu a Sofia a despedir-se da Xuxu e sempre com a venda posta, levantou-se apressadamente, e com uma mão deu umas palmadas na almofada da cadeira para soltar o gás acumulado, enquanto abanava a outra mão para espalhar. Quando sacudia e batia palmadinhas nas calças largas para se libertar dos últimos resíduos, ouviu o plim do telefone a desligar, indicando o fim da solidão e liberdade de expressão.
Alarmado, sentou-se rapidamente, e num frenesim abanou apressadamente mais algumas vezes o guardanapo, dobrou-o, pousou-o na mesa, compôs-se, alinhou o cabelo, respirou profundamente, pousou as mãos ao lado do prato e assumiu um ar sorridente.
Era a imagem da inocência quando a Sofia entrou na sala. Desculpando-se pela demora, ela perguntou-lhe se tinha olhado para a mesa. Depois de ele jurar que não, ela retira-lhe a venda, e...SURPREEEESAA!!!
Estavam 12 pessoas perplexas, lívidas e amarelas sentadas à mesa:
Os pais,os sogros, os irmãos e os colegas de tantos anos de trabalho.
Era a festa surpresa de aniversário do TONA!