2005/12/13

diário de um azarado

"No outro dia, uma rapariga telefonou-me e disse...
"Queres vir cá a casa? Não está cá ninguém."
Eu fui lá a casa.
Não estava ninguém."

"Tem sido um dia difícil. Levantei-me de manhã ... vesti uma camisa e saltou um botão.Peguei na minha pasta e a pega partiu-se. Estou a ficar com medo de ir à casa de banho."

"Posso dizer que os meus pais me odeiam.
Os meus brinquedos do banho eram uma torradeira e um rádio."

"A minha mãe nunca me deu de mamar.
Ela dizia que só gostava de mim como um amigo."

"O meu pai anda com a fotografia de um miúdo que já vinha quando ele comprou a carteira."

"Quando eu nasci ... o médico foi à sala de espera e disse ao meu pai:
"Tenho muita pena. Fizemos tudo aquilo que podíamos ... Mas mesmo assim ele conseguiu sair."

"Lembro-me do dia em que fui raptado e em que enviaram um bocado de um dedo meu ao meu pai... Ele disse que queria mais provas."

"Uma vez, quando me perdi ... Vi um polícia e pedi-lhe ajuda para encontrar os meus pais.
Disse-lhe ... "Acha que alguma vez os vou encontrar?"
Ele disse ... "Não sei miúdo ... há tantos sítios onde eles se podem esconder.""

"Trabalhei numa loja de animais e as pessoas estavam sempre a perguntar se eu crescia muito ou se ficava só daquele tamanho."

"Fui ao médico. "Doutor, todas as manhãs quando me levanto e me olho ao espelho. fico com vontade de vomitar. O que é que se passa comigo?"
Ele disse:
"Não sei, mas a sua vista está óptima.""